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'Nós estamos com dor na alma', diz ativista no Fórum Social Mundial

Assembleia Mundial em Defesa das Democracias, atividade do FSM, começa com homenagem à vereadora Marielle Franco e questionamentos sobre a própria democracia



São Paulo – A Assembleia Mundial em Defesa das Democracias, que integra o Fórum Social Mundial, começou por volta das 19h desta quinta-feira (15) sob o impacto da morte da vereadora carioca Marielle Franco. "Nós estamos com dor na alma", afirmou Rita Freire, da Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada. "Estamos em um estado de exceção, em que nos desafiam a resistir, a reagir, e nós estamos aqui para isso. Nós estamos desafiadas, desafiados, a fazer deste Fórum aquilo para o qual ele foi chamado, para a resistência", acrescentou.

"Para existir democracia, precisa existir o elemento básico do direito à vida", disse a presidenta da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Ângela Mendes. Ela e Rita lembraram que amanhã pela manhã será realizada a Assembleia Mundial de Mulheres, no Terreiro de Jesus, em Salvador. O ato desta noite ocorre no estádio de Pituaçu, em Salvador. 

"Este Fórum acontece num momento em que a democracia está ceifada", afirmou o presidente da CTB na Bahia, Pascoal Carneiro. "É hora de se levantar. As eleições deste ano estão ameaçadas. Um outro mundo só é possível, com eleição livre e democrática e um país soberano."

Depois da fala do sindicalista, começou a apresentação do bloco Ilê Aiyê, cantando Alienação.

A consciência é o objetivo principal
Eu quero muito mais
Além de esporte e carnaval, natural

Chega de eleger aqueles que tem
Se o poder é muito bom
Eu quero poder também

A música seguinte foi População Magoada, em que o refrão diz "a nossa honra tem de ser lavada".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve discursar na parte final do ato.

por Redação RBA

15/03/2018