Pelo segundo mês seguido, instituto não divulga resultado total, em consequência da greve dos servidores. São Paulo, Belo Horizonte e Rio tiveram a menor taxa para junho na série histórica
São Paulo – A taxa de desemprego ficou estável no mês passado em três das seis regiões metropolitanas pesquisadas e caiu em uma. Pela segunda vez seguida, o instituto não divulga o resultado geral do mês, em consequência da greve dos funcionários. Ficaram de fora as regiões de Salvador e Porto Alegre. "O atraso nas etapas de coleta, apuração, crítica, análise e avaliação da qualidade do dado coletado foi devido à paralisação dos servidores do IBGE, impossibilitando a divulgação completa na data prevista", diz o instituto. Ainda não há previsão de quando sairão os dados completos.
De maio para junho, a taxa ficou estável em Belo Horizonte (3,9%), Rio de Janeiro (3,2%) e São Paulo, com queda de um ponto percentual em Recife (6,2%). Com exceção de Recife, foi a menor taxa para o mês na série histórica.
Em relação a junho do ano passado, o IBGE registrou diminuição de 2,1 pontos no Rio e 1,5 ponto em São Paulo, e estabilidade em Belo Horizonte e Recife. Também nessa base de comparação, o número de desempregados caiu 24,3% em São Paulo (menos 164 mil) e 40,3% no Rio (menos 123 mil). O nível de ocupação praticamente não variou, o que ajudou a segurar as taxas.
Entre os setores de atividade, o emprego na indústria de São Paulo caiu 4,1% no mês e 5,9% ante junho de 2013. O grupo "outros serviços" cresceu no mês em Recife (12,3%) e na comparação anual em Belo Horizonte (9,8%) e Recife (12,7%). O Rio teve queda nos serviços prestados a empresas (-7,8%). "Todas as demais comparações com o mês anterior e com o mesmo mês do ano passado apresentaram estabilidade", informa o IBGE.
O rendimento médio caiu, de maio para junho, em Recife (-1%), Belo Horizonte (-2,2%), Rio de Janeiro (-0,5%) e São Paulo (-1,6%). Na comparação com junho de 2013, cresceu em Recife (3,9%), Rio (6,5%) e São Paulo (0,6%), com estabilidade em Belo Horizonte.
Greve
Ontem (23) à noite, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, recebeu representantes do Sindicato Nacional dos Servidores do IBGE (Assibge). "Durante a conversa, os representantes dos trabalhadores insistiram na necessidade do Planejamento intermediar uma reunião de negociação entre Sindicato e Direção do IBGE, tendo em vista que o diálogo apenas com o IBGE está esbarrando na questão das demissões", diz a entidade´, referindo-se à dispensa de, aproximadamente, 200 temporários. A paralisação começou há quase dois meses, por aumento salarial e melhores condições de trabalho.
por Redação RBA