Ministro do Esporte expõe números e defende legado positivo da Copa para a economia e os empregos. Para ele, quem é contra o evento ou está mal informado ou tem objetivos políticos
São Paulo – O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirma que a Copa do Mundo gerará 3,6 milhões empregos, garantiu a entrega de mais de 90% das obras de mobilidade urbana e reforçou que o evento deixará reflexos positivos para o trabalhador brasileiro. Segundo o ministro, o dado sobre a geração de empregos integra documento elaborado pela consultoria norte-americana Ernst & Young e a Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro.
“É um estudo de mercado e não foi encomendado pelo governo federal. Nem realizado a nosso pedido. Foi feito para criar referências ao mercado”, explicou, durante visita à sede da CUT em São Paulo, onde foi recebido pelo presidente da central, Vagner Freitas, o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima. Na ocasião, Rebelo concedeu entrevista à jornalista Vanilda Oliveira e garante que não tem evento, canteiros de obras e condições de trabalho mais fiscalizados e controlados do que os da Copa.
O estudo citado por ele faz referência ao crescimento do PIB, com o cálculo de que o Copa produzirá crescimento de 0,4% ao ano até 2019. E destaca também dados relacionados a arrecadação tributária, investimentos públicos e privados. “O relatório aponta que, para cada R$ 1 real de investimento público, há a contrapartida de quase R$ 4 de investimentos privados”, afirmou Rebelo.
O ministro também falou a respeito das obras de mobilidade e garantiu a entrega de mais de 90% das que estão previstas antes do final do evento. Comentou, ainda, que são obras que “nenhuma seleção e, provavelmente, nenhum turista da Copa vai utilizar”, como a ligação das avenidas Jacu-Pêssego-Radial Leste, em São Paulo. “São obras para o trabalhador. A Copa do Mundo foi apenas uma referência para o governo federal antecipar obras de mobilidade urbana”, ressaltou.
Rebelo menciona também obras que, em sua avaliação, darão retorno para as populações de várias regiões do país. “No caso de Cuiabá (MT), por exemplo, o prefeito (Mauro Mendes) disse que a Copa antecipou pelo menos em 30 anos a construção do Veículo Leve sobre Trilhos. Tem o metrô de Fortaleza. Essa ligação da Jacu-Pêssego; a Fatec em Itaquera, que recebeu investimentos dos governos federal, estadual e municipal. Itaquera, que é o bairro com menor IDH de São Paulo, mudou. E isso ocorre em todo o Brasil. O impacto da Copa do Mundo vai além do emprego que será gerado”, disse.
Ele admite que há desinformação em relação à preparação do evento, com objetivo de promover um sentimento de contrariedade à realização da Copa no Brasil. “Há um principio que foi tornado lei em comunicação citado pelo ‘Príncipe da Comunicação’, o nazista Joseph Goebbels, de que uma mentira contada mil vezes torna-se uma verdade. Não há mil mentiras que repetidas dez mil vezes passem a valer por uma verdade. A Copa é um evento disputado por todo o Mundo... Se não houver um mínimo de contrapartida à desinformação os próprios veículos de comunicação acabarão perdendo credibilidade. Eles vão ser obrigados a fazer um contraponto à campanha negativa que fizeram antes”, acredita o ministro.
por Redação da RBA