Prouni e Fies já respondem por 30% das matrículas em universidades privadas
1,6 milhão de estudantes contam com bolsas do governo federal para concluir o ensino superior; MEC abre inscrições para mais 50 mil vagas no Prouni
São Paulo – O Ministério da Educação apresentou hoje (11), pela primeira vez desde 2005, dados de bolsas ativas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) e pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em universidades privadas, em levantamento feito a pedido do jornal Valor Econômico. De acordo com o MEC, dos 5,3 milhões de universitários brasileiros em instituições privadas, 1,6 milhão é beneficiado por um dos dois programas de incentivo. Em 2010, as duas políticas públicas eram responsáveis por 11% dos alunos na rede particular de ensino superior.
Ainda segundo o MEC, os três primeiros anos do governo Dilma Rousseff elevaram os empréstimos ativos do Fies de 224 mil para 1,143 milhão, uma expansão de mais de 400%. Já o orçamento do programa teve alta de cerca de 300% no mesmo período: de R$ 1,8 bilhão para R$ 7,5 bilhões. Nesses três anos, o peso do Fies em relação ao total de matrículas subiu de 4,5% para 21,5%. Já o peso das bolsas do Prouni oferecidas pelas instituições particulares permaneceu estável na casa dos 9,5%, de acordo com a legislação que obriga as faculdades a reservarem até 10% das vagas a bolsistas do programa para receber o benefício.
O MEC anunciou ainda a abertura de inscrição para as vagas remanescentes do Prouni, que são cerca de 50 mil. Pela primeira vez, a inscrição pode ser feita pela internet, na página do programa. Nos anos anteriores, as inscrições eram feitas apenas por meio de processo seletivo conduzido pelas próprias faculdades. Outra novidade para o preenchimento é que estudantes já matriculados, que cumpram os requisitos do programa e ainda não têm a bolsa, poderão pleitear o benefício.
A partir de quarta-feira (12), as vagas remanescentes estarão disponíveis para todos os candidatos que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A regra vale para aqueles não zeraram a redação e que tenham obtido pelo menos 450 pontos na média das notas das provas.
por Diego Sartorato, da RBA
11/03/2014